E
mais uma vez as Redes de Telecomunicações vem em busca das belezas naturais do
nosso município, e dessa vez foi a equipe do programa Globo Rural, apresentado
pela Rede Globo aos domingos às 08H30 da manhã. A reportagem foi apresentada
nesse domingo (13 de dez. 2015). Link da Reportagem completa no final da postagem.
Belezas do Pantanal de Pacatuba/SE
Pacatuba,
no litoral norte do Sergipe exibe cenários encantadores. A região fica na
divisa com Alagoas e quase às margens do rio São Francisco, que deságua no mar
a poucos quilômetros do município.
A
maior parte dos 14 mil habitantes vive da pesca, da produção de coco e da
criação de gado. A região tem relevo
singular, que intercala morros e planícies alagadas. Para chegar à praia é
preciso enfrentar 20 quilômetros de uma estradinha de areia batida e subir
algumas dunas, mas o esforço vale a pena.
O
lugar é tão bonito que fica, praticamente, impossível escolher um ângulo
favorito. De um lado coqueirais, dunas e do outro lagoas e mar. Mas não é só
pela beleza que esse pedaço do litoral de Sergipe é importante. Essa região é
fundamental também para sobrevivência de algumas espécies da fauna e da flora
brasileiras.
Em
uma área de apenas 40 quilômetros quadrados, Pacatuba tem 46 lagoas de água
doce. Algumas são permanentes, outras só enchem na época das chuvas, por isso,
o lugar foi batizado como pantanal sergipano.
Para
viver em harmonia com o lugar, hoje em Pacatuba já existem uma série de
iniciativas para produzir com sustentabilidade, sem agredir o meio ambiente.
A
Associação dos Agricultores Orgânicos de Ponta de Areia, um dos distritos de
Pacatuba, foi formada em 2007 por um grupo de jovens que participava de um
projeto social para preparar esses jovens para o mercado de trabalho.
Fazendo
estágio em empresas da região, eles aprenderam a produzir mudas de plantas
nativas e decidiram abrir um viveiro comercial, como conta Lealdo dos Santos,
presidente da associação. “A gente passou a conhecer mais, teve cursos, daí a
gente viu que tinha demanda, que é muito bom e que a gente continua, sempre está
produzindo. Hoje tem mercado para mudas nativas e sabemos que está contribuindo
muito com o meio ambiente”, diz.
Eliane
Bispo, tesoureira da associação, conta que para montar o viveiro eles tiveram
ajuda de uma ONG e dos amigos. “O kit de irrigação, a estrutura do viveiro foi
doada pelo Instituto Aliança. O terreno foi uma ajuda entre os amigos”, diz.
Para
conseguir as sementes, o grupo que hoje é formado por sete jovens, percorre
matas e fazendas da região atrás de plantas nativas, como a aroeirinha, o
umbucajá e a mata fome.
A
retirada das sementes segue as recomendações técnicas. O corte é feito com
podão ou tesoura, para não quebrar os galhos da planta. Nem todas as sementes
são retiradas, para preservar as matrizes e deixar alimento para pássaros e
outros animais.
Do
campo, as sementes voltam para o viveiro onde são preparadas para o plantio.
Para cada espécie se usa uma técnica diferente. Da cana fístula, por exemplo,
se corta uma das pontas para a germinação ser mais rápida. Já a aroeirinha,
passa apenas por uma seleção onde as sementes com defeito são descartadas.
“Eu
gosto muito de trabalhar aqui porque é um trabalho diferente. Além do
conhecimento ser grande, ajuda a preservar o meio ambiente. É vida trabalhando
com vida”, declara Jadson Pinheiro.
Débora
de Oliveira conta que a renda com o trabalho na associação ainda é pequena:
algo em torno de mil reais por ano para cada um. Mas a ideia é crescer e poder
ganhar a vida aqui mesmo na comunidade. “Como se diz: da minha aldeia posso
enxergar o mundo. Daqui mesmo posso ter minha própria sobrevivência e gerar
sustentabilidade. Não só para esses jovens que estão aqui. Um mundo melhor para
os nossos filhos e para as gerações vindouras”, diz.
Hoje
o viveiro produz cerca e 80 mil mudas por ano.
Outro ponto interessante dessa história é que as sementes coletadas na
região estão ficando lá mesmo. O viveiro está vendendo boa parte das mudas que
produz para um projeto de reflorestamento de áreas degradadas na bacia do rio
São Francisco.
Reportagem completa no (AQUI)
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